segunda-feira, 20 de julho de 2009

16 de Julho

Estou irremediavelmente feliz. Não há nada que me faça ficar aborrecida depois de este tempo tão bem passado.
O Marés Vivas 09 foi muito melhor daquilo que eu esperava. Sabia que ia ser uma experiência a não esquecer, mas as espectativas foram totalmente superadas e acabei por passar os melhores momentos da minha vida. Não usando hipérboles.
Partimos dos Arcos às 8.30h do dia 16 de Julho. Seguimos até ao Porto, onde apanhamos o autocarro até ao Parque de Campismo Orbitur, com a sua espectacular piscina de 2.40m de profundidade. Feito o check-in e montadas as tendas, era altura de irmos, finalmente, para o recinto do festival. Foi o cabo dos trabalhos para descobrir o caminho.






Com a ajuda de pessoas bastantes úteis e assustadoras, diga-se de passagem, acabámos por descobrir que era preciso apanhar o autocarro 906 até Coimbrões e, depois, 0 903, que nos levaria até uma paragem de autocarro perto do Continente que ficava perto do Arrábida Shopping. A partir daí, fazíamos o caminho à la pate.


Chegados à entrada, a confusão estava instalada. Tenho a impressão de que nunca tive de agurdar em tantas filas na minha vida como nestes três dias. Filas em Orbitur, filas para os autocarros, para tomar banho, até para comer uma simples fatia de pizza que mal chegava para encher um quarto do estômago. Para entrar no recinto, a situação foi a mesma. Acabámos por desistir de estar em pé e decidimos jogar às cartas no meio do chão. UNO e ficámos completamente entretidos. Por fim, lá chegou a nossa vez de ser revistados pelos senhores polícias que não deixavam entrar tampas de garrafas no recinto e assim, entrámos.





A partir daí, foi só aguardar em mais filas, para a pulseirinha azul, para o primeiro espectáculo musical dessa noite: Lamb, mas não antes sem irmos experimentar as fatias de pizza do pizza hut. Arranjado lugar nas mesas, lá fui eu com o meu copo de Coca-Cola e a respectiva fatia. Como seria de esperar, a minha clara falta de equilíbrio achou que já era altura de se manifestar e, ao sentar-me, consegui, não faço ideia como, entornar a bebida por cima de mim e da pizza. O que foi realmente muito bom. Fiquei toda molhadinha, e com uma fatia de pizza a saber a Cola. Mesmo à Rita.


Depois, como eu gostava de assistir tudo da primeira fila, foi necessário um corridinha para chegar lá à frente. O engraçado é que não fomos os únicos a ter essa ideia maravilhosa, e acabámos por parecer formigas a correr pelo mesmo açucar. Felizmente, energia era o que não nos faltava e conseguimos lugar na segunda fila, que não estava muito mau. Estava muito frio, mas não deixou de ser agradável. Seguiu-se Primal Scream, que nos despertou depois da calma de Lamb. A partir daí, foi gritar e saltar até não aguentar mais. Então, para completar a noite, a banda que eu mais aguardava para esse dia: Kaiser Chiefs. Aí, instalou-se a loucura. E não estou a exagerar.Fui apanhada numa moche que quase me abafava e tive que recuar mais para trás para não morrer esmagada. Consequência: não vi os meus meninos da maneira que gostava. Mas vá, ter ouvido a "Oh My God" ao vivo foi suficiente para ficar radiante.
Foi tempo, então, de voltarmos para as nossas humildes tendas, o que constituiu o cabo dos trabalhos. Eram muitas pessoas a querer, também, voltar para as suas respectivas casas, e foi difícil arranjar lugar no autocarro para nós os cinco. Mas, por fim, lá conseguimos.

E foi só o primeiro dia.

Ainda há mais, muito mais, mas só para outra sessão.