terça-feira, 23 de novembro de 2010

Adoro a praxe. E sem qualquer tipo de ironia.
Primeiras impressões erradas. É viver e aprender.

Rita

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Noite

A noite, antes tão segura e acolhedora, revelava-se agora repleta de perigos e aterrorizadora. Andar sozinha adivinhava-se um sacrifício e dava por mim a olhar para trás para me certificar que ninguém me seguia. Estava assustadíssima, pois não fazia ideia do que esperar. Estava habituada a conhecer pormenorizadamente todos os casos com que me defrontava diariamente, pelo que, desta vez, sem saber aquilo que iria acontecer, sentia-me como um peixe fora de água. Não conseguia respirar confortavelmente e sentia o pânico muito prestes a rebentar. Odiava sentir-me tão vulnerável. Por norma, não era isso que costumava acontecer.
De repente, a minha atenção desviou-se para os audíveis movimentos captados no meu campo de visão. Alerta, parei, esperando e observando com cautela, desejando que fosse algum animal à procura de alimento, ou um movimento de algum arbusto provocado pelas fortes ventanias que se faziam sentir nesse noite. Fosse o que fosse, não podia baixar a guarda. Por isso, esperei.
Esperei durante dez minutos. Achava melhor jogar pelo seguro. Mais valia prevenir do que remediar. Só quando tive a certeza de que não corria qualquer perigo é que regressei ao meu caminho, andando agora mais rapidamente. Era aconselhável encontrar um abrigo o mais rápido possível. A noite era perigosa, e eu sabia-o, agora mais do que nunca. Talvez fosse mais aconselhável caminhar apenas durante o dia. Provavelmente, iria demorar mais tempo até chegar ao locar da missão, mas mais valia chegar atrasada do que não chegar de todo.



É melhor que estudar BCM.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

UM

E cá estou eu, na belíssima cidade de Braga, sem saber muito bem como vim cá parar.
Uma nova etapa com coisas completamente diferentes daquilo que eu vivi até agora. Já tive a honra de vivenciar a tão aclamada tradição que é a Praxe. Só por aqui já posso dizer que vivi alguns momentos bastantes peculiares. Estou agora num sítio onde não conheço ninguém e que me é quase desconhecido. Nunca fui muito de vir a Braga. Não era uma cidade que costumavamos visitar. No entanto, a Universidade do Minho parecia-me uma boa opção, portanto não posso dizer que não fiquei feliz quando fui à minha caixa de correio electrómico e li
Resultado: Colocada
Estabelecimento: [7010] Universidade do Minho - Escola Superior de Enfermagem
Curso: [9500] Enfermagem


Estou a começar a adaptar-me. Mas mal posso esperar por deixar de ser caloira. Quer me parecer que vou andar com o coração nas mãos até ao Enterro da Gata. Enfim. Vida de Caloiro. Afinal de contas, somos totalmente insignificantes neste mundo.

O que se pode fazer? Pode cantar-se.

Nós, os Enfermeiros
Os Enfermeiros são os maiorais
E na hora da doença
É de enfermeiros que vós precisais.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

E.

Quando perdemos alguém que nos é querido, tudo se torna difícil.
Bem, difícil não é a palavra correcta para descrever este momentos. O sentimento é totalmente absurdo, impossível, inexplicável. Alguém estava ali e, de repente, deixou de estar. É, simplesmente, insuportável.

Quando é alguém de quem nós gostamos muito a passar por todo este processo, os sentimentos são transmissíveis. Porque a dor que nos ultrapassa pelos que gostamos é enorme e indescritível. Vê-los sofrer é inaceitável.
E a angústia está sempre presente.
Sempre.

domingo, 1 de agosto de 2010

?

Que giro. Amanhã candidato-me ao ensino superior.


Ah?

sábado, 24 de julho de 2010

18

18 primaveras.
Já posso dar sangue.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Exogenesis Symphony Part 3

Muse sempre foi uma banda que me chamou a atenção. Assim como a música clássica. É um bom refúgio quando nos encontramos mais em baixo. Pelo menos, para mim. Não sei muito bem como, mas Beethoven dá-me forças para erguer a cabeça. É uma fonte de energia mais poderosa que o próprio Sol.
Daí ter ficado tão positivamente surpreendida quando assisti à junção destas duas maravilhas. Exogenesis Symphony Part 3 é a prova perfeita de que é possível criar música fantástica a partir de vários géneros. Muse, com o seu Rock Alternativo, neste último álbum, deram-me algumas emoções que jamais imaginei poder sentir.
É mais que apenas um entretenimento. É uma experiência absolutamente surreal que me transporta directamente para aquilo em que o compositor está a pensar. Muitas vezes, dou por mim num estado de transe muito agradável, porque todas as oportunidade para deixar, nem que seja por breves minutos, a realidade em que vivemos, são muito bem-vindas.
A letra, tão simples, mas com tanto significado. E a forma como o piano está conjugado com tudo o resto é, certamente, algo de louvar. Devo confessar que as lágrimas me escorreram pela cara quando a ouvi pela primeira vez. Foi como um choque, agradável, mas um choque. Vou demorar algum tempo a recuperar.

sábado, 3 de julho de 2010

Medo

Quando nos perdemos, e vamos parar a um lugar que nos é totalmente desconhecido, qual é o primeiro sentimento que nos assola a mente? O medo.
O medo está presente em todas as fases da nossa vida, sendo que algumas vezes temos a sorte de conseguir controlá-lo. Todos temos os nossos, por muito que os tentamos esconder. Ainda há aqueles para quem o medo é sinónimo de fraqueza. Deixem-se disso. Ter medo é bom. Faz-nos sentir vivos.
Eu tenho medo de aranhas e da água. Quer dizer, da água escura, algo que nem eu entendo muito bem. De qualquer maneira, assusto-me com estas coisas. É algo que não consigo evitar, por muitas vezes que me digam o quão pateta estou a ser por ir dormir para o sofá quando vejo uma aranha no lado de fora da janela do meu quarto. Fobias, o que se pode fazer? Enfim, o medo está sempre presente, mesmo que, muitas vezes, eu não me aperceba disso.
No entanto, posso confiantemente afirmar que o medo não faz parte do leque de sentimentos que me estão a inundar. Um misto de curiosidade com alguma adrenalina e um pouco de emoção. Sim, aproxima-se a isto. Porque, pela primeira vez na vida, o escuro não me assusta. Muito pelo contrário. Sinto uma enorme vontade de me aventurar pelo desconhecido, sem querer saber se lá posso encontrar um grande lago ou uma tarântula furiosa. Pela primeira vez em tanto tempo, sinto que posso respirar.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Lista xxx

E aqui estamos nós no Zenne Caffe, à espera que cheguem as oito horas para ensairmos para o nosso caro teatro. Enfim, estamos todos realmente muito entusiasmados. :p
Dia 14 de Maio, pela dez horas, o 12º B vai estrear-te com a peça "O Homem do Quiosque", de Tomaz de Figueiredo no auditório da Casa das Artes de Arcos de Valdevez. Hurra.
E hoje foram as eleições para a associação de estudantes do próximo ano lectivo. Não é que este assunto me interesse muito, pois se tudo correr bem, para o ano já estou na universidade a viver a minha vidinha, e tanto me faz que ganhe a lista A ou a XXX. No entanto, foi giro de ver a campanha eleitoral dos últimos dias. Promessas como "melhores cacifos", ou "caça à fabiana" cicrcularam pela escola. Cartazes, pulseiras e reçubados foram-nos dados pelas várias listas para ganharem o nosso voto. Enfim, só publicidade. Amanhã lá saberemos os resultados e vai instaurar-se a revolução na escola.:P

Viva a democracia.


E uma sugestão, que não me sai da cabeça os últimos dias.
A Silent Film - Thirteen Times The Strength

sábado, 8 de maio de 2010

Comparações

Resume-se tudo a uma simples comparação.
Descobrimos uma música. Ao princípio, não conseguimos parar de ouvi-la. Adormecemos com ela nos ouvidos, acordámos com ela no pensamento, passámos os dias a pensar nela. Com o passar do tempo, já a ouvimos tantas vezes que ficamos a conhecê-la por dentro e por fora, como se fizesse parte de nós. Mas, então, os dias vão passando, e gastamos cada vez menos tempo a ouvi-la. Aparecem novas músicas por quem nos afeiçoamos e, rapidamente, a música que tanta felicidade nos deu é deixada para trás. Apesar disso, existem vezes em que sentimos uma súbita saudade e como estivemos tanto tempo sem pensar nela, cada parte da música é um prazer. São, agora, poucas as vezes que a escutamos, mas quando o fazemos é com uma enorme intensidade.
Apesar disso, a música nunca nos sai do pensamento. Nunca nos esquecemos que ela existe e, mesmo quando estamos a ouvir outra, o nosso pensamento foge, inconscientemente, para a letra da outra canção.
É uma droga.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Toda a gente trai.

Cada vez mais me convenço disso.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Hoje explodi.

E senti-me maravilhosamente bem. Porque, no fim do dia, eu sei que vamos ficar as duas bem.

*SR, Maria Paula.

E vamos ter Michael Bublé em Portugal. Estou feliz. :)

Boa noite.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Transhumanismo

Hoje assisti a uma palestra sobre o Transhumanismo. Posso dizer que fiquei completamente chocada. E isto no mau sentido.

"Transhumanismo é uma filosofia emergente que analisa e incentiva o uso da ciência e da tecnologia, especialmente da biotecnologia, da neurotecnologia e da nanotecnologia, para superar as limitações humanas, e, assim, poder melhorar a própria condição humana."

Esta é a definição que encontrei na internet.

Esta é a minha definição.
A tecnologia é importante. Ninguém duvida disso. Até porque, sem ela, eu não estaria neste momento prestes a publicar este artigo. Nesse ponto, não há discussão possível.
Agora, realizarem amputações de braços para implantarem no seu lugar braços mecanizados com quais podemos fazer muitas mais coisas, mas que nos obrigam a abdicar de partes do nosso corpo? Por amor de deus, isso já é loucura. Vamos todos tranformar-nos em cyborgs e acabar de vez com a espécie humana. De qualquer maneira, pouco falta.
Enfim, esta é só a minha opinião.
Posso afirmar que estou completamente satisfeita com as capacidade rascas que o ser humano possui. Não estou desesperada por conseguir levantar 5 sacos de cimento sem o menor esforço.
Gosto da nossa fragilidade. E viver para sempre parece-me demasiado entediante.
Vou aproveitar, quando chegar a hora, todas as coisas boas que a velhice tem para oferecer.
E, além disso, dada a minha tendência para cair, o mais provavél seria eu escorregar, acabar dentro de um lago e morrer de curto circuito por causa dos meus bracinhos electrónicos.Ora aí é que estava algo interessante.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Em Fevereiro passado, decidi participar num concurso que vi lá na escola, Uma Aventura.. Literária. Tínhamos cinco temas à escolha e, evidentemente, optei pelo tema livre. O desenho e o teatro nunca foram muito o meu forte, admito. :p
Fui à minha lista de textos e enviei um deles. Como não podia ultrapassar duas páginas escritas, enviei um dos mais curtos que tinha. E limitei-me a esperar.

Hoje chegou a casa uma carta.

" Lisboa, 7 de Abril de 2010

Cara amiga Rita Rodrigues Borges

Parabéns! O teu trabalho foi distinguido com uma Menção Honrosa na Modalidade de Texto Original no concurso Uma Aventura Literária 2010.
Excedendo as expectativas mais optimistas, este ano recebemos 10366 trabalhos individuais e de grupo, de mais de seiscentas escolas do país e do estrangeiro.
A qualidade dos trabalhos e o dinamismo das escolas constituem sempre uma agradabilíssima surpresa.
Conforme consta no regulamento, além do Diploma de Menção Honrosa, os concorrentes distinguidos com Menção Honrosa recebem um livro oferecido pela Caminho (um por trabalho). Ambos serão enviados em breve.
Aproveitamos para informar que a lista de premiados estará disponível em breve nos sites www.editorial-caminho.pt e www.uma-aventura.pt.

Esperamos que continue a participar no nosso concurso!
Com os votos de continuação de bom trabalho, subscrevo-me
Cordialmente
Zeferino Coelho "


Fiquei feliz quando acaber de a ler. Só tenho pena de não poder participar para o ano. O regulamento do concurso não o permite. Enfim.
Fazer dezoito vai ser realmente uma chatice.

Diferenças

Depois de hesitar meia dúzia de vezes, lá me decidi a tocar à campainha. Não ia ficar ali o resto da tarde à espera que a porta se abrisse sozinha. Se analisasse bem a situação, rapidamente concluiria que estava a ser uma total idiota. Assim, coloquei o dedo sobre o botão e pressionei. O som que se ouviu assemelhava-se a um elefante em agonia. Ri-me. Encarei isso como sendo um bom presságio. Estava desesperada por pessoas diferentes daquilo que se considerava como sendo o normal. Porque os últimos meses tinham sido os mais difíceis de suportar na minha, ainda não muito longa, existência. Queria ver caras novas, costumes diferentes, formas de viver diferentes e que implicassem campainhas a imitar animais desesperados. Precisava urgentemente desse pequeno conforto.
-Maria? Oh querida, entra! –
Por momentos, tive a ligeira sensação que aquela senhora de idade tão carinhosa sabia que eu tinha estado a aguardar à porta durante os sessenta minutos anteriores.
- Hum, obrigada. –
- Ai, tão querida! Tu és muito tímida, não és? Ai, não sais nada ao meu Pedrinho, tão extrovertido. Sempre cheio de raparigas à volta dele. Entra, entra. Não tenhas vergonha. Cá em casa, essas coisas ficam à porta. –
Tive um bloqueio. A minha zona da Broca deve ter sido afectada por todas aquelas palavras tão rapidamente ditas pela avó. De tal forma que não conseguia formar uma palavra que fizesse qualquer sentido. E, sendo sincera, fiquei feliz por isso. Coisas complicadas e totalmente complexas, era disso que eu precisava. Sim, ia adorar passar ali os meses que se aproximavam.
-Vou tentar lembrar-me disso. – E sorri. - Você deve ser a Sra. Glória? –
- Glória, Mariazita. Ou avó, se preferires. Já te considero como se fosses da família. – E deu-me um forte abraço, ao qual retribui automaticamente. Estava a adorar tudo aquilo.
- Deves estar cansada, depois de toda esta viagem. Anda, que eu levo-te ao teu quarto. Ainda só cá estou eu, mas não tarda nada vais conhecer o avô, a mãe, o pai, o tio e o meu netinho, o Pedro. –
A avó sabia que não precisava de me dizer os nomes de cada um dos elementos da família. Ao longo das últimas semanas, tinham dedicado grande parte do meu tempo a conhecer a família com quem iria viver enquanto estava na Irlanda.
- Vou esperar até estarmos todos para me mostrar os cantos à casa. Quero que te sintas totalmente como se estivesses no teu próprio lar, sim? Pronto, vou deixar-te enquanto arrumas as tuas coisitas, e vou acabar o jantar antes que ele queime. Na casa dos Melo, a comida serve-se sempre no ponto. E, modéstia à parte, não vais provar melhores cozinhados do que os meus ao longo de toda a tua vida. Podes ter a certeza. –
E a cantarolar algo que eu desconhecia, a avó deixou-me sozinha.

domingo, 11 de abril de 2010

Primeira mensagem de 2010.
Desleixei-me um pouco.

Só para dizer uma coisa.





Parabéns, Jaime.

Tu sabes.