quarta-feira, 28 de abril de 2010

Toda a gente trai.

Cada vez mais me convenço disso.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Hoje explodi.

E senti-me maravilhosamente bem. Porque, no fim do dia, eu sei que vamos ficar as duas bem.

*SR, Maria Paula.

E vamos ter Michael Bublé em Portugal. Estou feliz. :)

Boa noite.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Transhumanismo

Hoje assisti a uma palestra sobre o Transhumanismo. Posso dizer que fiquei completamente chocada. E isto no mau sentido.

"Transhumanismo é uma filosofia emergente que analisa e incentiva o uso da ciência e da tecnologia, especialmente da biotecnologia, da neurotecnologia e da nanotecnologia, para superar as limitações humanas, e, assim, poder melhorar a própria condição humana."

Esta é a definição que encontrei na internet.

Esta é a minha definição.
A tecnologia é importante. Ninguém duvida disso. Até porque, sem ela, eu não estaria neste momento prestes a publicar este artigo. Nesse ponto, não há discussão possível.
Agora, realizarem amputações de braços para implantarem no seu lugar braços mecanizados com quais podemos fazer muitas mais coisas, mas que nos obrigam a abdicar de partes do nosso corpo? Por amor de deus, isso já é loucura. Vamos todos tranformar-nos em cyborgs e acabar de vez com a espécie humana. De qualquer maneira, pouco falta.
Enfim, esta é só a minha opinião.
Posso afirmar que estou completamente satisfeita com as capacidade rascas que o ser humano possui. Não estou desesperada por conseguir levantar 5 sacos de cimento sem o menor esforço.
Gosto da nossa fragilidade. E viver para sempre parece-me demasiado entediante.
Vou aproveitar, quando chegar a hora, todas as coisas boas que a velhice tem para oferecer.
E, além disso, dada a minha tendência para cair, o mais provavél seria eu escorregar, acabar dentro de um lago e morrer de curto circuito por causa dos meus bracinhos electrónicos.Ora aí é que estava algo interessante.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Em Fevereiro passado, decidi participar num concurso que vi lá na escola, Uma Aventura.. Literária. Tínhamos cinco temas à escolha e, evidentemente, optei pelo tema livre. O desenho e o teatro nunca foram muito o meu forte, admito. :p
Fui à minha lista de textos e enviei um deles. Como não podia ultrapassar duas páginas escritas, enviei um dos mais curtos que tinha. E limitei-me a esperar.

Hoje chegou a casa uma carta.

" Lisboa, 7 de Abril de 2010

Cara amiga Rita Rodrigues Borges

Parabéns! O teu trabalho foi distinguido com uma Menção Honrosa na Modalidade de Texto Original no concurso Uma Aventura Literária 2010.
Excedendo as expectativas mais optimistas, este ano recebemos 10366 trabalhos individuais e de grupo, de mais de seiscentas escolas do país e do estrangeiro.
A qualidade dos trabalhos e o dinamismo das escolas constituem sempre uma agradabilíssima surpresa.
Conforme consta no regulamento, além do Diploma de Menção Honrosa, os concorrentes distinguidos com Menção Honrosa recebem um livro oferecido pela Caminho (um por trabalho). Ambos serão enviados em breve.
Aproveitamos para informar que a lista de premiados estará disponível em breve nos sites www.editorial-caminho.pt e www.uma-aventura.pt.

Esperamos que continue a participar no nosso concurso!
Com os votos de continuação de bom trabalho, subscrevo-me
Cordialmente
Zeferino Coelho "


Fiquei feliz quando acaber de a ler. Só tenho pena de não poder participar para o ano. O regulamento do concurso não o permite. Enfim.
Fazer dezoito vai ser realmente uma chatice.

Diferenças

Depois de hesitar meia dúzia de vezes, lá me decidi a tocar à campainha. Não ia ficar ali o resto da tarde à espera que a porta se abrisse sozinha. Se analisasse bem a situação, rapidamente concluiria que estava a ser uma total idiota. Assim, coloquei o dedo sobre o botão e pressionei. O som que se ouviu assemelhava-se a um elefante em agonia. Ri-me. Encarei isso como sendo um bom presságio. Estava desesperada por pessoas diferentes daquilo que se considerava como sendo o normal. Porque os últimos meses tinham sido os mais difíceis de suportar na minha, ainda não muito longa, existência. Queria ver caras novas, costumes diferentes, formas de viver diferentes e que implicassem campainhas a imitar animais desesperados. Precisava urgentemente desse pequeno conforto.
-Maria? Oh querida, entra! –
Por momentos, tive a ligeira sensação que aquela senhora de idade tão carinhosa sabia que eu tinha estado a aguardar à porta durante os sessenta minutos anteriores.
- Hum, obrigada. –
- Ai, tão querida! Tu és muito tímida, não és? Ai, não sais nada ao meu Pedrinho, tão extrovertido. Sempre cheio de raparigas à volta dele. Entra, entra. Não tenhas vergonha. Cá em casa, essas coisas ficam à porta. –
Tive um bloqueio. A minha zona da Broca deve ter sido afectada por todas aquelas palavras tão rapidamente ditas pela avó. De tal forma que não conseguia formar uma palavra que fizesse qualquer sentido. E, sendo sincera, fiquei feliz por isso. Coisas complicadas e totalmente complexas, era disso que eu precisava. Sim, ia adorar passar ali os meses que se aproximavam.
-Vou tentar lembrar-me disso. – E sorri. - Você deve ser a Sra. Glória? –
- Glória, Mariazita. Ou avó, se preferires. Já te considero como se fosses da família. – E deu-me um forte abraço, ao qual retribui automaticamente. Estava a adorar tudo aquilo.
- Deves estar cansada, depois de toda esta viagem. Anda, que eu levo-te ao teu quarto. Ainda só cá estou eu, mas não tarda nada vais conhecer o avô, a mãe, o pai, o tio e o meu netinho, o Pedro. –
A avó sabia que não precisava de me dizer os nomes de cada um dos elementos da família. Ao longo das últimas semanas, tinham dedicado grande parte do meu tempo a conhecer a família com quem iria viver enquanto estava na Irlanda.
- Vou esperar até estarmos todos para me mostrar os cantos à casa. Quero que te sintas totalmente como se estivesses no teu próprio lar, sim? Pronto, vou deixar-te enquanto arrumas as tuas coisitas, e vou acabar o jantar antes que ele queime. Na casa dos Melo, a comida serve-se sempre no ponto. E, modéstia à parte, não vais provar melhores cozinhados do que os meus ao longo de toda a tua vida. Podes ter a certeza. –
E a cantarolar algo que eu desconhecia, a avó deixou-me sozinha.

domingo, 11 de abril de 2010

Primeira mensagem de 2010.
Desleixei-me um pouco.

Só para dizer uma coisa.





Parabéns, Jaime.

Tu sabes.