2009
Bem, chegámos ao presente. Devo dizer que desde os tempos antigos, a Rita mudou bastante, principalmente a nível psicológico. Fisicamente, as coisas permanecem quase iguais. As sardas estão presentes, assim como os olhos e o cabelo castanho, como seria de esperar. Apesar de a turma ter sofrido muitas mudanças, continuo a ser uma das mais altas.
Psicologicamente, as coisas são um pouco diferentes. Sou ateia, e penso que teria sido mais justo se tivesse tido a oportunidade de escolher se me queria baptizar ou não. Infelizmente, a minha mãe não partilha da mesma opinião, e, com apenas três meses, fui baptizada na igreja da terra da minha mãe, Grade. Acredito que existe algo para além daquilo que podemos tocar e ver, mas penso que acreditar na existência de alguém perfeito que está a olhar por cada um de nós é um pouco exagerado. Além disso, não podemos afirmar que Deus é perfeito sem sequer assumir uma forma material. Contudo, estes são os meus ideais, e respeito todos aqueles que não partilharem da mesma opinião que eu. Afinal, se pensássemos todos da mesma maneira, o mundo seria um pouco aborrecido.
Adoro a minha família. Todos, os tios, primos, avós, enfim. É uma das partes essenciais à minha sobrevivência e sei que se algum dia me encontrar numa situação menos boa, é com eles que posso contar. Normalmente, aos Domingos, reunimo-nos todos na casa da minha avó e falamos de tudo o que se possa imaginar. É dos melhores momentos pelos quais passo. Quando estou com eles, estou feliz.
Considero-me uma rapariga afastada daquilo que me rodeia. Costumo dizer que pode cair uma bomba à beira da minha casa, e eu sou, provavelmente, a última a saber. As minhas mudanças de humor repentinas são uma constante. Num momento, estou muito bem-disposta, dois segundos depois sinto-me a pessoa mais infeliz do mundo. É um factor normal do meu dia-a-dia. Penso que as pessoas que convivem comigo já são imunes a estes incómodos momentos. Já sabem o que esperar de mim.
Sou uma pessoa descoordenada por Natureza. Não sou capaz de passar um dia sem tropeçar, cair, esfolar uma perna, arranhar um braço ou, pior ainda, magoar alguém. O meu sentido de equilíbrio é péssimo e, sem querer, sou capaz de fazer coisas verdadeiramente extraordinárias que comprometem a minha saúde e a daqueles que me rodeiam. Talvez seja por isso que, em Edução Física, as pessoas evitam aproximar-se de mim. Sou considerada um perigo público.
Devo confessar que sou um ser muito orgulhoso, e talvez seja este o meu maior defeito. É muito raro dar o braço a torcer, mesmo em situações que saiba não ter razão. Por vezes, mesmo sabendo que não tenho fundamento naquilo que estou a dizer, tento levar a minha avante, tentando arranjar quaisquer provas que possam comprovar a minha teoria. Sou, ainda, uma pessoa muito tímida e custa-me imenso falar para multidões. Existem indivíduos que me apelidam de “anti-social”, e tenho que admitir que seja, em parte, verdade. Na realidade, não gosto de grandes concentrações de seres humanos num mesmo espaço. Não gosto de conhecer muitas pessoas novas. Se estiver numa rua e vir alguém aproximar-se que sei que me vai cumprimentar, passo imediatamente para o lado contrário da estrada. Com o passar do tempo, este tornou-se um acto involuntário e inconsciente.
Sei aquilo que me faz falta, aquilo que me provocaria dor física caso me faltasse. Os livros fazem parte da minha vida. Quando preciso de me refugiar em algum lado, é nos livros que vou procurar abrigo, pois tenho a certeza que é possível encontrar resposta para as minhas dúvidas nas páginas enriquecedoras de uma boa obra. Quando leio alguma coisa que me agrada verdadeiramente, sou capaz de ficar horas e horas a ler intensivamente, sem nunca me cansar, e não passa um único dia em que eu esteja mergulhada numa nova história. Neste momento, na minha cabeceira, podemos encontrar Um Sonho de Amor, de Nora Roberts.
Não imagino a minha existência sem a presença da música. O meu ritual diário, sem excepção, consiste em ouvir música mal acorde. Assim, tenho a certeza que o meu dia vai correr um pouco melhor. Não sou daquelas pessoas que é capaz de ouvir todos os estilos de música. Eu tenho o meu género específico e, infelizmente, acho que todos os outros são uma total perda de tempo. Infelizmente porque o mais correcto seria respeitar os gostos dos outros. No entanto, relativamente a este caso específico, não sou capaz de ser tão liberal. A música clássica é a número na minha lista de gostos musicais. Mozart, Tchaikovsky, Klaus Badelt, Hans Zimmer e outros tantos fazem parte dos intérpretes que mais oiço. É difícil descrever aquilo que sinto quando oiço composições destes artistas. Sei apenas que por vezes, a música me toca de tal maneira que me faz chorar. É um sentimento impossível de descrever com palavras. Estranhamente, além do classicismo, sou adepta do Rock alternativo, que em nada tem a ver com a música clássica. Talvez seja por isso que sou tão apaixonada por ambos, por serem tão diferentes.
Admiro com todas as minhas forças o vocalista da conhecida banda Nirvana, Kurt Cobain, talvez por ter sacrificado a sua própria vida pela sua filha. O facto de Nirvana ser uma das minhas bandas de eleição tem também um contributo nesta minha admiração.
Não sou uma rapariga muito adepta do desporto, até porque quando me aventuro em algo em que seja necessário correr, o resultado nunca é muito positivo. No entanto, outra das coisas que não posso dispensar é a natação. Desde miúda que este desporto me provoca arrepios de prazer e, até há algum tempo atrás, fui uma praticante incansável desta modalidade. Adorava ir para dentro de água e descarregar todas as minhas energias. Era uma actividade onde podia descontrair. Infelizmente, devido a acidentes de percurso, tive que pôr de lado esta paixão por algum tempo. Espera-se por melhores dias. O basquetebol, apesar de não exercer o mesmo efeito que este último, é também um desporto que me dá satisfação praticar. Visto estar a falar de desporto, tenho que acrescentar que sou uma adepta do Sport Lisboa e Benfica.
Não gosto de cores muito fortes, nem de dar nas vistas. Sempre que possível, uso o preto. Gosto de meias, e talvez seja este o meu grande vício. Sou pontual, demasiadamente, e chego a ficar com falta de ar quando não estou a horas num determinado sítio. A minha fruta preferida é a romã e sou alérgica a maças e ao pó. Por vezes, sinto-me um pouco deslocada, porque deve ser dos poucos adolescentes que prefere um prato de sopa a um cheio de batatas fritas. Sou muito melhor ouvinte do que oradora e, quando precisam de mim, tento estar lá para o que der e vier.
Os meus amigos são tudo. Devo dizer que os verdadeiros se contam pelos dedos, mas os que tenho são os melhores. Não existe nada a que dê tanta importância como àquelas pessoas que estão lá sempre que eu preciso, que me apoiam incondicionalmente, sejam quais forem as minhas escolhas, que me repreendem quando faço algo menos correcto.
Bem, chegámos ao presente. Devo dizer que desde os tempos antigos, a Rita mudou bastante, principalmente a nível psicológico. Fisicamente, as coisas permanecem quase iguais. As sardas estão presentes, assim como os olhos e o cabelo castanho, como seria de esperar. Apesar de a turma ter sofrido muitas mudanças, continuo a ser uma das mais altas.
Psicologicamente, as coisas são um pouco diferentes. Sou ateia, e penso que teria sido mais justo se tivesse tido a oportunidade de escolher se me queria baptizar ou não. Infelizmente, a minha mãe não partilha da mesma opinião, e, com apenas três meses, fui baptizada na igreja da terra da minha mãe, Grade. Acredito que existe algo para além daquilo que podemos tocar e ver, mas penso que acreditar na existência de alguém perfeito que está a olhar por cada um de nós é um pouco exagerado. Além disso, não podemos afirmar que Deus é perfeito sem sequer assumir uma forma material. Contudo, estes são os meus ideais, e respeito todos aqueles que não partilharem da mesma opinião que eu. Afinal, se pensássemos todos da mesma maneira, o mundo seria um pouco aborrecido.
Adoro a minha família. Todos, os tios, primos, avós, enfim. É uma das partes essenciais à minha sobrevivência e sei que se algum dia me encontrar numa situação menos boa, é com eles que posso contar. Normalmente, aos Domingos, reunimo-nos todos na casa da minha avó e falamos de tudo o que se possa imaginar. É dos melhores momentos pelos quais passo. Quando estou com eles, estou feliz.
Considero-me uma rapariga afastada daquilo que me rodeia. Costumo dizer que pode cair uma bomba à beira da minha casa, e eu sou, provavelmente, a última a saber. As minhas mudanças de humor repentinas são uma constante. Num momento, estou muito bem-disposta, dois segundos depois sinto-me a pessoa mais infeliz do mundo. É um factor normal do meu dia-a-dia. Penso que as pessoas que convivem comigo já são imunes a estes incómodos momentos. Já sabem o que esperar de mim.
Sou uma pessoa descoordenada por Natureza. Não sou capaz de passar um dia sem tropeçar, cair, esfolar uma perna, arranhar um braço ou, pior ainda, magoar alguém. O meu sentido de equilíbrio é péssimo e, sem querer, sou capaz de fazer coisas verdadeiramente extraordinárias que comprometem a minha saúde e a daqueles que me rodeiam. Talvez seja por isso que, em Edução Física, as pessoas evitam aproximar-se de mim. Sou considerada um perigo público.
Devo confessar que sou um ser muito orgulhoso, e talvez seja este o meu maior defeito. É muito raro dar o braço a torcer, mesmo em situações que saiba não ter razão. Por vezes, mesmo sabendo que não tenho fundamento naquilo que estou a dizer, tento levar a minha avante, tentando arranjar quaisquer provas que possam comprovar a minha teoria. Sou, ainda, uma pessoa muito tímida e custa-me imenso falar para multidões. Existem indivíduos que me apelidam de “anti-social”, e tenho que admitir que seja, em parte, verdade. Na realidade, não gosto de grandes concentrações de seres humanos num mesmo espaço. Não gosto de conhecer muitas pessoas novas. Se estiver numa rua e vir alguém aproximar-se que sei que me vai cumprimentar, passo imediatamente para o lado contrário da estrada. Com o passar do tempo, este tornou-se um acto involuntário e inconsciente.
Sei aquilo que me faz falta, aquilo que me provocaria dor física caso me faltasse. Os livros fazem parte da minha vida. Quando preciso de me refugiar em algum lado, é nos livros que vou procurar abrigo, pois tenho a certeza que é possível encontrar resposta para as minhas dúvidas nas páginas enriquecedoras de uma boa obra. Quando leio alguma coisa que me agrada verdadeiramente, sou capaz de ficar horas e horas a ler intensivamente, sem nunca me cansar, e não passa um único dia em que eu esteja mergulhada numa nova história. Neste momento, na minha cabeceira, podemos encontrar Um Sonho de Amor, de Nora Roberts.
Não imagino a minha existência sem a presença da música. O meu ritual diário, sem excepção, consiste em ouvir música mal acorde. Assim, tenho a certeza que o meu dia vai correr um pouco melhor. Não sou daquelas pessoas que é capaz de ouvir todos os estilos de música. Eu tenho o meu género específico e, infelizmente, acho que todos os outros são uma total perda de tempo. Infelizmente porque o mais correcto seria respeitar os gostos dos outros. No entanto, relativamente a este caso específico, não sou capaz de ser tão liberal. A música clássica é a número na minha lista de gostos musicais. Mozart, Tchaikovsky, Klaus Badelt, Hans Zimmer e outros tantos fazem parte dos intérpretes que mais oiço. É difícil descrever aquilo que sinto quando oiço composições destes artistas. Sei apenas que por vezes, a música me toca de tal maneira que me faz chorar. É um sentimento impossível de descrever com palavras. Estranhamente, além do classicismo, sou adepta do Rock alternativo, que em nada tem a ver com a música clássica. Talvez seja por isso que sou tão apaixonada por ambos, por serem tão diferentes.
Admiro com todas as minhas forças o vocalista da conhecida banda Nirvana, Kurt Cobain, talvez por ter sacrificado a sua própria vida pela sua filha. O facto de Nirvana ser uma das minhas bandas de eleição tem também um contributo nesta minha admiração.
Não sou uma rapariga muito adepta do desporto, até porque quando me aventuro em algo em que seja necessário correr, o resultado nunca é muito positivo. No entanto, outra das coisas que não posso dispensar é a natação. Desde miúda que este desporto me provoca arrepios de prazer e, até há algum tempo atrás, fui uma praticante incansável desta modalidade. Adorava ir para dentro de água e descarregar todas as minhas energias. Era uma actividade onde podia descontrair. Infelizmente, devido a acidentes de percurso, tive que pôr de lado esta paixão por algum tempo. Espera-se por melhores dias. O basquetebol, apesar de não exercer o mesmo efeito que este último, é também um desporto que me dá satisfação praticar. Visto estar a falar de desporto, tenho que acrescentar que sou uma adepta do Sport Lisboa e Benfica.
Não gosto de cores muito fortes, nem de dar nas vistas. Sempre que possível, uso o preto. Gosto de meias, e talvez seja este o meu grande vício. Sou pontual, demasiadamente, e chego a ficar com falta de ar quando não estou a horas num determinado sítio. A minha fruta preferida é a romã e sou alérgica a maças e ao pó. Por vezes, sinto-me um pouco deslocada, porque deve ser dos poucos adolescentes que prefere um prato de sopa a um cheio de batatas fritas. Sou muito melhor ouvinte do que oradora e, quando precisam de mim, tento estar lá para o que der e vier.
Os meus amigos são tudo. Devo dizer que os verdadeiros se contam pelos dedos, mas os que tenho são os melhores. Não existe nada a que dê tanta importância como àquelas pessoas que estão lá sempre que eu preciso, que me apoiam incondicionalmente, sejam quais forem as minhas escolhas, que me repreendem quando faço algo menos correcto.
There´s nothing in the world bigger than our friendship, not even the statue of Liberty.
Gosto de História, e tenho a certeza que se me deixassem escolher as disciplinas que gostava de ter, esta seria, sem dúvida, uma delas. Não sou muito adepta da televisão, mas não dispenso séries como Anatomia de Grey ou Dexter. Gosto, também, de animes. Vá-se lá perceber porquê.
Não sei muito bem o quero fazer no meu futuro, mas se tivesse que escolher já, seria alguma coisa relacionada com anatomia patológica ou com a área de história, com toda a certeza. Se bem que uma não tenha a nada a ver com outra. Irrelevante.
Em suma, sou uma rapariga com dezasseis anos, signo leão, sensível, sorridente, instável, teimosa, orgulhosa, esquisita, simpática, nervosa e que não sobrevivo sem música, livros, amigos e família. Um aborrecimento.
Não sei muito bem o quero fazer no meu futuro, mas se tivesse que escolher já, seria alguma coisa relacionada com anatomia patológica ou com a área de história, com toda a certeza. Se bem que uma não tenha a nada a ver com outra. Irrelevante.
Em suma, sou uma rapariga com dezasseis anos, signo leão, sensível, sorridente, instável, teimosa, orgulhosa, esquisita, simpática, nervosa e que não sobrevivo sem música, livros, amigos e família. Um aborrecimento.