Resume-se tudo a uma simples comparação.
Descobrimos uma música. Ao princípio, não conseguimos parar de ouvi-la. Adormecemos com ela nos ouvidos, acordámos com ela no pensamento, passámos os dias a pensar nela. Com o passar do tempo, já a ouvimos tantas vezes que ficamos a conhecê-la por dentro e por fora, como se fizesse parte de nós. Mas, então, os dias vão passando, e gastamos cada vez menos tempo a ouvi-la. Aparecem novas músicas por quem nos afeiçoamos e, rapidamente, a música que tanta felicidade nos deu é deixada para trás. Apesar disso, existem vezes em que sentimos uma súbita saudade e como estivemos tanto tempo sem pensar nela, cada parte da música é um prazer. São, agora, poucas as vezes que a escutamos, mas quando o fazemos é com uma enorme intensidade.
Apesar disso, a música nunca nos sai do pensamento. Nunca nos esquecemos que ela existe e, mesmo quando estamos a ouvir outra, o nosso pensamento foge, inconscientemente, para a letra da outra canção.
É uma droga.
É mesmo, sem dúvida.
ResponderEliminarSR, meu bem :)
Ps: menos eu (a ti, jamais).
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