Se não soubesse em que dia do ano nos encontramos, poderia dizer que 21 de Junho já está bastante distante. A um mês do ínicio do Verão, o calor já me está a incomodar. Saudades da chuva e de ouvir o vento gritar enquanto estou deitada na minha cama, a sonhar com o dia em que vou ter uma bibliotea só minha. Calor é sinónimo de transpiração, que por sua vez significa mau estar. Venham os dias cinzentos e propícios a histórias de terror!
Pouco falta para o fim das aulas. Em qualquer outro ano, provavelmente, por estar altura, já estaria a contar os segundos para o tão esperado descanso do guerreiro. Mas este ano, não.
Parece que hoje estou muito dada a significados, porque fim de aulas significa exames nacionais de Biologia e Geologia e de Fisico-Química e estes significam o fim da minha paz de espírito. Gostava de não me deixar afectar por isto, mas é um pouco complicado.
Enfim, como diz o Daniel, vou deixar de bater no ceguinho. Seja como for, não são dois míseros exames que me vão tirar a boa disposição. (Isto sou eu a tentar convencer-me a mim, própria, pois está claro.)
E mais uma coisa. Obrigado, professora.
Dia mais chato.
O dia estava quente. Muito quente, aliás. As roupas colavam-se ao corpo, como se fizessem parte dele, de tal modo que se podia notar a anatomia de cada um, tal era o suor que os corpos emanavam. Os mais idosos procuravam abrigo em todas as sombras que pudessem encontrar e os mais pequenos, esses, deliciavam-se com os sistemas de rega que tratavam da hidratação da relva do parque da vila, correndo e rebolando na erva húmida para combater o calor. Ouvia-se, aqui e ali, vizinhos e conhecidos a comentarem a grande seca que o país atravessava naquele ano, o calor que se apresentava dia após dia, as temperaturas que pareciam nunca mais baixar. Viam-se casais de namorados, cães correndo à volta dos seus donos, impacientes por se refrescarem. Todos pareciam conformados com aquele dia de Verão que, para mim, era apenas mais um.
Travis - Re-Offender
Rita.
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