segunda-feira, 22 de junho de 2009

A Globalização e a Ecologia

Desde os tempos primitivos que o ser humano teve a necessidade de interajir com outros para assegurar a sua sobrevivência. O processo de Globalização diz respeito à forma como os países comunicam e aproximam as populações, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos quer económicos e sociais como culturais e políticos. No entanto, ecologicamente, a Globalização traz algumas ameaças, visto fixar-se exclusivamente nos interesses monetários que as elites globais pretendem reunir. Através da exploração dos recursos naturais e da mão de obra, os governos tentam perpetuar e aumentar o lucro das pessoas com maior poder, isto num escala global, esquecendo, no entanto, que estes recursos não têm uma duração infinita e que, num futuro muito próximo, deixarão de estar disponívies se não os soubermos gerir.
Apesar de já existirem vários documentos que têm como grande objectivo proteger o meio ambiente das cominações provocadas pelas crescentes ligações entre populações, a poluição atingiu niveís preocupantes. É verdade que desde o príncipio dos tempos que o ser humano tem vindo a poluir o ambiente que o rodeia. No entanto, é também verdade que o impacte ambiental provocado pela civilizações primitivas era quase nulo, comparativamente com a pegada ecológica que o Homem moderno tem deixado. Depois da descoberta de objectos que permitiram o desenvolvimento tecnológico, como por exemplo a roda, que é agora o motor dos meios de tranporte, uma das principais causas de poluição, e da consciência de que utilizar os recursos existentes na natureza é gratuito e não causa despesas a qualquer nível, excepto ecológico (mas esse não é um facto a contar, pensam os presidentes), o Homem não tem poupado esforços para poluir o ambiente. As gerações futuras irão, com certeza, sentir as consequências dos nosso actos presentes.
A Globalização é necessária para que as nações possam encontrar formas de desenvolver as tecnologias, senão ainda hoje viveríamos na idade da pedra. É necessário que as barreiras ideológicas sejam destruídas, para que o ser humano possa dar asas aos seus conhecimentos e utilizá-los em prol do seu bem-estar. Contudo, a nossa espécie tem o dom de tranformar tudo aquilo que cria em algo destrutivo e nocivo para a natureza. Por exemplo, o fogo. Uma das maiores descobertas da Humanidade. Permite-nos aquecer, cozinhar os alimentos, iluminar vários lugares. No entanto, o Homem, na sua inteligência, consegue ainda destruir as florestas queo rodeiam para que consiga ganhar economicamente. Madeira queimada vale menos monetariamente e, assim, os lucros para os produtores de papel são maiores. Porque é essa a única preocupação do Homem: ter os bolsos cheios de papel verde.
É também verdade que, no meio de todo o processo de globalização, existem indíviduos que ainda têm como maior prioridade salvar a Natureza da destruição total. As organizações não governamentais (ONG) têm-se juntado para colmatar os efeitos das actividades antrópicas e tentam impedir a degradação do planeta e, consequentemente, a destruição da vida Humana. No entanto, se não houver um esforço conjunto com o objectivo de melhor o estado de saúde do meio ambiente, por muito que estas organizações se esforcem, nunca será suficiente.
As lesões ecológicas não têm fronteiras, assim como a Globalização. É, portanto, claro que seria muito mais fácil se tentássemos sobreviver com aquilo que temos agora, se parássemos no nosso desenvolvimento. Visto ser impossível isto acontecer, apenas uma acção muito consciente e globalmente unida poderá evitar uma catástrofe ecológica. Todavia, os interesses ecológicos dos países desenvolvidos são muito diferentes dos interesses dos países em desenvolvimento. Por exemplo, é mais fácil conseguir melhorar as condições ambientais num país pertencente ao continente Africano, onde alguns países têm o nível de desenvolvimento mais baixo de todo o planeta, do que num país com um progresso tão significativo como os Estados Unidos da América, um dos países mais poluentes de todas as nações. Isto porque o meio ambiente é um bem muito mais importante neste país, pois é da Natureza que a maior parte da população africana tira os seus rendimentos, mas numa forma saudável. É, portanto, rentável que se proteja a Natureza com o fim de manter o modo de subsistência. Por outro lado, temos a grande nação norte americana, que possui todos os meios capazes de produzir poluição: devido à grande população, os meios de transporte existem num número astronómico de forma a poderem atender às necessidades de todos. Mais meios de transporte a circularem, mais dióxido de carbono libertado para a atmosfera; as grandes indústrias, necessárias para, mais uma vez, serem capazes de assegurar os pedidos de todos, são uma das maiores forças presentes neste país, e também uma das mais prejudiciais. Enfim, são poucas as coisas que se escapam da etiqueta de nocivo.
Como se pode constatar, é difícil que todas as formas mundiais se juntem em prol do mesmo objectivo, pois os interesses diferem em quase tudo. Podemos, então, afirmas que os conceitos de ecologia, desenvolvimento e globalização estão intimamente ligados. É natural que esta relação exista. Devido ao desenvolvimento, nos dias de hoje vivemos a maior parte dos nossos dias com os nervos à flor da pele, sempre à espera da próxima catástrofe. Derrames de petróleo no mar, como o petroleiro Prestige, que ao naufragar na costa da Galiza, destruiu os habitats de muitas espécies, marinha e terrestres, explosões radioactivas que deixam marcas para as gerações seguintes, como a explosão de Chernobyl que tantas vidas destruiu e que ainda hoje continua a transformar. São este tipo de acontecimentos que nos mostram que a globalização e, consequentemente, o desenvolvimento, apesar de trazerem vantagens para um melhor dia-a-dia das populações, ecologicamente, tem os seus senãos.
No mundo global de hoje em que a industrialização é acentuada, mas que a globalização permite constatar que existem áreas de menor desenvolvimento económico, que por sua vez e, na sua maioria, correspondem a grandes índices de pobreza e fraca qualidade de vida, há um conceito de que todos sofrem: degradação ecológica da Terra.
Apesar de tudo isto, pode constatar-se que, felizmente, as preocuapações com questões ambientais por parte dos países desenvolvidos têm aumentado. Este facto deve-se, por exemplo, à alta taxa de mortalidade infantil. Em alguns países, a falta de condições não permite a sobrevivência dos mais débeis, como as crinças. Portanto, como medida natalista, os governos tentam proporcionar aos seus habitantes as condições básicas de bem-estar, e isto pressupõe que a qualidade das águas seja melhor e que a qualidade do ar seja mais saudável. Ao fazerem isto, os governos estão, não só, a zelar pelo bem ambiental, mas também a desenvolver-se com esta medidas.
Para que a Globalização possa ser encarada apenas como um factor positivo, é necessário empreender esforços de solidariedade e subsidiariedade entre Estados, pois pensar que se consegue governar contando unicamente com o seu território, o seu povo e com a afectação da qualidade de vida interna é um erro. É fulcral criar e promover acordos como o de Quioto, que, apesar de não ter total adesão, foi um primeiro passo para a recuperação do nosso planeta.


A Terra é a nossa única casa. Se a destruirmos, não iremos, certamente, poluir a Lua. Isso, para o bem de todos, ainda não conseguimos fazer.

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