terça-feira, 13 de abril de 2010

Transhumanismo

Hoje assisti a uma palestra sobre o Transhumanismo. Posso dizer que fiquei completamente chocada. E isto no mau sentido.

"Transhumanismo é uma filosofia emergente que analisa e incentiva o uso da ciência e da tecnologia, especialmente da biotecnologia, da neurotecnologia e da nanotecnologia, para superar as limitações humanas, e, assim, poder melhorar a própria condição humana."

Esta é a definição que encontrei na internet.

Esta é a minha definição.
A tecnologia é importante. Ninguém duvida disso. Até porque, sem ela, eu não estaria neste momento prestes a publicar este artigo. Nesse ponto, não há discussão possível.
Agora, realizarem amputações de braços para implantarem no seu lugar braços mecanizados com quais podemos fazer muitas mais coisas, mas que nos obrigam a abdicar de partes do nosso corpo? Por amor de deus, isso já é loucura. Vamos todos tranformar-nos em cyborgs e acabar de vez com a espécie humana. De qualquer maneira, pouco falta.
Enfim, esta é só a minha opinião.
Posso afirmar que estou completamente satisfeita com as capacidade rascas que o ser humano possui. Não estou desesperada por conseguir levantar 5 sacos de cimento sem o menor esforço.
Gosto da nossa fragilidade. E viver para sempre parece-me demasiado entediante.
Vou aproveitar, quando chegar a hora, todas as coisas boas que a velhice tem para oferecer.
E, além disso, dada a minha tendência para cair, o mais provavél seria eu escorregar, acabar dentro de um lago e morrer de curto circuito por causa dos meus bracinhos electrónicos.Ora aí é que estava algo interessante.

1 comentário:

  1. Bem, eu não sei o que disseram-te na palestra, Rita, mas o transhumanismo não é substituir algo que temos por algo melhor. É apenas em caso de perda, como esse de substituir os braços verdadeiros por uns sintéticos. Ninguém, no seu juízo perfeito, iria substituir os verdadeiros por uns sintéticos, caso não tenham sido amputados.
    E essas melhorias são apenas a um nível neurológico e fisiológico, como por exemplo, a instalação de chips que melhorem a condição humana, algo que já é feito hoje em dia. Sei de um caso, que, apesar de não lembrar-me do nome do homem, e a mulher também, têm um chip na cabeça que permite comunicarem e verem o que o outro vê e sente.
    Deixamos de ser humanos por isso? Não. Desde que tenhamos a nossa humanidade.

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