domingo, 8 de março de 2009

Cucas


São 6.16h e eu estou acordada. Nem dá para acreditar. Tendo em conta que não sou uma pessoa muito dada a manter-me desperta, é um recorde para mim.

Então vamos lá ver.

Sábado, um dia como outro qualquer, exceptuando o pequeno pormenor de que posso ficar relaxada na minha cama, quentinha e descansada.

A minha mãe entra pelo quarto e, tipicamente, começa a falar a um volume que é assustador. Obviamente, eu acordo e fico com um terrível mau humor que logo passa assim que ela me conta uma das suas histórias matinais espectaculares. És a melhor.

Salto da cama mas, como sempre, aleijo-me no pé esquerdo porque salto sempre como se estivesse na cama de baixo. O resultado é interessante.

Passo pela gata, que fica a olhar para mim com os seus olhos verdes gigantes, bebo o meu copo de leite com pouco chocolate e vamos lá para o trabalho.

Mudanças seriam o meu pior pesadelo se a casa para onde vou morar não fosse tão agradável. Assim, a situação até fica mais fácil. Permanece igualmente cansativa, mas mais fácil.

Depois de tudo nas caixas, o meu quarto fica interessante. Fica muito maior, isso é certo. E visto de cima, não tem vida. Ninguém diria que este é o quarto da Rita Rodrigues Borges, sem cor.

Vou pintá-lo, e acho que vai ser uma tarefa divertida. Herdei o meu jeito para este tipo de coisas da minha mãe. Acho até que, se seguisse uma carreira de carpinteira ou electricista, iria ter sucesso. Se bem que não me parece que isso aconteça.

Depois de tudo feito, sento-me e não me levanto mais, apenas quando chega a hora de subir as escadas e enfiar-me debaixo das mantas. O melhor momento do dia, sem a mais pequena dúvida.


Sábados. Uma monotonia.



Rita.

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